Lesões provocadas pelos acidentes rodoviários são a principal causa de morte de crianças e jovens com idades entre os cinco e os 29 anos, revela a Organização Mundial de Saúde
Lesões provocadas pelos acidentes rodoviários são a principal causa de morte de crianças e jovens com idades entre os cinco e os 29 anos, revela a Organização Mundial de Saúde Os acidentes rodoviários são responsáveis pela morte de 1,35 milhões de pessoas, anualmente, e são hoje a principal causa de morte de crianças e jovens entre os cinco e os 29 anos, segundo o mais recente relatório global de sinistralidade divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Estas mortes são um preço inaceitável a pagar pela mobilidade. Este é um problema com soluções comprovadas e não há desculpa para a falta de ação, sublinhou o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, apelando aos governos e seus parceiros para que tomem medidas muito maiores para implementar as medidas cuja eficácia está demonstrada. Lançado a cada dois ou três anos, o novo relatório documenta a redução de mortes em 48 países de rendimentos médios e altos, em relação aos últimos dados divulgados em 2015. Por outro lado, nem um único país de baixos rendimentos reduziu o número total de mortes. Os progressos nos países mais desenvolvidos são atribuídos a uma melhor legislação em relação aos principais riscos, como o excesso de velocidade, consumo de álcool, uso de cintos de segurança, capacetes para motociclos e sistemas de retenção para crianças. E à melhoria das infraestruturas ao nível dos pisos e pistas exclusivas para ciclistas e motociclistas, melhores padrões de veículos, como os que exigem controle eletrónico de estabilidade e travagem, e melhoria dos cuidados pós-colisão. Em termos gerais, 26 por cento das mortes na estrada envolveram peões e ciclistas, um número que chega aos 44 por cento em África e a 36 por cento no Mediterrâneo Oriental. Já os motociclistas e passageiros representam 28 por cento de todas as vítimas mortais, proporção que aumenta em algumas regiões, como por exemplo no sudeste asiático, onde chega a 43 por cento.