Será um momento “muito emotivo”, aquele em que a família da vidente Lúcia participará, no próximo domingo, 19 de Fevereiro, aquando da trasladação dos restos mortais para a basílica.
Será um momento “muito emotivo”, aquele em que a família da vidente Lúcia participará, no próximo domingo, 19 de Fevereiro, aquando da trasladação dos restos mortais para a basílica. O próximo domingo, 19 de Fevereiro vai ser um dia de “grande felicidade” para os familiares da irmã Lúcia de Jesus que irão acompanhar a cerimónia de trasladação do corpo da vidente para a basílica de Fátima.
“é muito importante, estamos muito contentes que ela venha para junto de nós, assim podemos ir à campa e rezar”, explica a irmã Maria de Belém, religiosa da congregação do Sagrado Coração de Maria.
“Gostamos que ela esteja aqui, junto de nós e junto dos outros dois pastorinhos”, acrescenta.
Durante as cerimónias, a família participará nelas, na colunata sul, do santuário de Fátima.
Foi há um ano, aquando das exéquias fúnebres, em Coimbra, a última vez que estiveram perto da vidente. Depois disso o corpo ficou sepultado em campa rasa no claustro do Carmelo de Santa Teresa e inacessível, mesmo aos familiares.
Era um desejo antigo da irmã Lúcia ser sepultada junto dos primos. Conta Maria de Belém que, aquando de obras de remodelação no santuário de Fátima, ter-lhe-ão perguntado onde gostaria de ficar sepultada. ao que terá respondido: “ao pé do Francisco e da Jacinta”.
a propósito da campa, a sobrinha conta um facto curioso, contado pela própria vidente numa das visitas ao Carmelo, no locutório.
Um menino de 8 anos esteve, numa visita de escola, de visita a Fátima e à basílica. Quando regressaram à escola, a professora disse-lhes para escreverem à irmã Lúcia. O miúdo escreveu:
“Irmã Lúcia,
Fui a Fátima, vi muita coisa linda e vi as campas dos seus primos Francisco e Jacinta e também lá vi a sua campa mas, a irmã não estava lá.
Irmã Lúcia, eu espero que, quando eu voltar a Fátima, a irmã já lá esteja. ”
a sobrinha guarda da tia lembranças da sua amizade e do modo afectuoso como os recebia e os aconselhava a cumprirem os deveres religiosos. ” Era muito nossa amiga, gostava muito das nossas visitas, sobretudo as visitas das irmãs e dos sobrinhos. Sempre nos recebia muito bem, falava do passado, se lhe perguntássemos. Maria de Belém adianta ainda que “as pessoas quando me encontram dizem: a irmã Lúcia já me concedeu graças”.
a sua vocação também teve o dedo da irmã Lúcia. Maria de Belém disse aos pais que gostaria de seguir a vida religiosa e, a conselho da mãe escreveu à tia Lúcia perguntando-lhe como fazer para ser freira. Ela estava em Espanha e comunicou com a superiora do Coração de Maria. “Fui para o colégio, sou religiosa” e “tenho certeza que ela rezou por mim para eu ser aquilo que sou”.