autoridades detetaram abates de árvores sobretudo na zona norte do país e na linha de fronteira com o Zimbabwe, Zâmbia e África do Sul. Falta de meios humanos e materiais impede uma fiscalização mais eficaz

autoridades detetaram abates de árvores sobretudo na zona norte do país e na linha de fronteira com o Zimbabwe, Zâmbia e África do Sul. Falta de meios humanos e materiais impede uma fiscalização mais eficaz
O corte ilegal de madeira está a aumentar nas zonas de reserva, em Moçambique, em particular na região norte do país e junto à linha de fronteira poente, revelou esta semana o consultor da administração Nacional das Áreas de Conservação (aNaC), Colin Craig. Segundo o responsável, a exploração ilegal de madeira acontece em todas as áreas de conservação, mas está mais acentuada na parte norte e este da Reserva do Niassa e na linha de fronteira, nas zonas de Tete (junto ao Zimbabwe e Zâmbia) e Limpopo (junto à África do Sul). a identificação das atividades ilegais surgiu na sequência das observações aéreas efetuadas para o censo nacional de elefantes, que permitiram verificar também que a mineração artesanal é mais intensa nas áreas de conservação das zonas norte e centro de Moçambique. De acordo com os dados recolhidos, o país perdeu pelo menos 10 mil elefantes, e só na Reserva do Niassa, a maior área protegida da nação, o número total desta espécie passou de 12. 000 para 4. 400 em três anos (entre 2011 e 2014). a falta de meios humanos e materiais para a fiscalização das extensas áreas de conservação é apontada como o principal obstáculo na preservação do elefante, cuja principal ameaça é a ação de caçadores furtivos.