Especialista alerta para a necessidade urgente de se criarem modelos de crescimento urbano mais sustentáveis. E recorda que os espaços verdes podem ajudar as cidades nos desafios relacionados com o meio ambiente
Especialista alerta para a necessidade urgente de se criarem modelos de crescimento urbano mais sustentáveis. E recorda que os espaços verdes podem ajudar as cidades nos desafios relacionados com o meio ambiente Um grupo de 600 pessoas, constituído por líderes municipais, investigadores, silvicultores, paisagistas e urbanistas de 50 países, está a participar no primeiro Fórum Mundial sobre Florestas Urbanas, em Mantova, Itália, que visa promover a troca de experiências e perspetivar soluções para enfrentar os desafios do aumento da população urbana. Na sessão de abertura, o diretor-geral adjunto do Departamento Florestal da Organização das Nações Unidas para a agricultura e alimentação (FaO), Hiroto Mitsugi, disse ser urgente criar modelos mais sustentáveis de crescimento urbano, acrescentando que as cidades que já existem e as futuras devem projetar espaços verdes e florestas urbanas para responder às diferentes necessidades. as cidades ocupam apenas três por cento da superfície do planeta, mas consomem 75 por cento dos recursos naturais. Mais de metade da população mundial vive em zonas urbanas, e este índice deve aumentar para 70 por cento até 2050. E o problema é que, segundo Mitsugi, a expansão das cidades geralmente ocorre sem programação adequada, resultando em efeitos altamente prejudiciais nas paisagens naturais e agrícolas dentro e ao redor das áreas urbanas. Daí a importância dos espaços verdes e das florestas urbanas, para, por exemplo, remover poluentes, reduzir ruído, melhorar a temperatura, mitigar impactos da mudança climática, fornecer variedade de produtos e energia renovável, proteger fontes de água e evitar erosão do solo e inundações. as árvores podem ainda reduzir a necessidade do uso do ar condicionado em 30 por cento se forem colocadas de forma correta em volta dos urbanística. Em climas frios, podem proteger casas do vento e economizar a energia usada para aquecimento entre 20 e 50 por cento, e contribuir para gerar um efeito positivo na saúde e bem-estar das pessoas, defende o especialista.