Relatório sobre conflito sírio revela que as partes em confronto mostraram um «desrespeito evidente pela vida e pelos direitos fundamentais das crianças», com mortes por apedrejamento e crucificações
Relatório sobre conflito sírio revela que as partes em confronto mostraram um «desrespeito evidente pela vida e pelos direitos fundamentais das crianças», com mortes por apedrejamento e crucificações O segundo relatório do secretário-geral das Nações Unidas sobre as crianças e o conflito armado na Síria documentou mais de 12 mil violações graves contra menores e concluiu que as partes em confronto demonstraram um total desrespeito pela vida e pelos direitos fundamentais das crianças. No período em análise – entre novembro de 2013 e junho de 2018 – foram documentadas 3. 891 mortes infantis e 3. 448 crianças feridas, em resultado da utilização de bombas de barril ou munições de fragmentação, ou de outras agressões mais dramáticas, como o apedrejamento, crucificação ou outras táticas brutais. O recrutamento e uso de crianças no conflito foi a segunda violação mais prevalecente, com 3. 377 casos verificados. Cerca de 25 por cento das vítimas nesta situação tinham menos que 15 anos de idade, e o mais jovem tinha quatro. a maioria destas crianças (80 por cento), foi usada em posições de combate por mais de 90 fações de grupos armados não-estatais, forças do governo sírio e milícias pró-governo. O relatório descreve uma violência profundamente perturbadora contra crianças, cometida num clima de impunidade generalizada, e traz a evidência adicional de que já é mais do que tempo para que as crianças da Síria tenham a oportunidade de viver em paz, sublinhou a representante especial do secretário-geral para Crianças e Conflito armado, Virgínia Gamba.