Investigadora partiu de uma «fonte manuscrita» existente na Biblioteca da ajuda, em Lisboa, para identificar os dois báculos, em madeira entalhada e dourada, que se encontram entre as coleções do Palácio Nacional de Mafra
Investigadora partiu de uma «fonte manuscrita» existente na Biblioteca da ajuda, em Lisboa, para identificar os dois báculos, em madeira entalhada e dourada, que se encontram entre as coleções do Palácio Nacional de Mafra Os dois báculos utilizados pelo primeiro cardeal-patriarca de Lisboa, Tomás de almeida, nas cerimónias de sagração da Basílica de Mafra, foram identificados pela investigadora Teresa Leonor Vale, a partir de um manuscrito existente na Biblioteca da ajuda. Cremos poder identificar dois báculos, em madeira entalhada e dourada, que se conservam entre as coleções do Palácio Nacional de Mafra, como sendo aqueles que foram utilizados nas cerimónias da sagração da Basílica de Nossa Senhora e de Santo antónio de Mafra, em outubro de 1730, afirma a investigadora do Instituto de História da arte da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. ambos os báculos se nos afiguram, pelos aspetos formais e decorativos que evidenciam, coerentes com a produção da época, e apresentam características que sustentam esta nossa convicção: a leveza de um deles (cumprindo assim o que se pretendia), o qual ostenta também a tiara pontifícia com as folhas de palma e o ramo de carvalho, alusivos à Patriarcal de Lisboa, adianta Teresa Leonor Vale, citada pela agência Lusa. Os dois báculos terão cerca de 300 anos, e segundo a investigadora, terão sido usados por Tomás de almeida para bater na porta da basílica para que ela se abrisse e assim se desse início à cerimónia de sagração e, com a sua extremidade, efetuou no pavimento da basílica as marcações devidas, a dado passo do complexo cerimonial. Teresa Leonor Vale desenvolveu, entre 2004 e 2007, o projeto de investigação Tumulária Portuguesa do Maneirismo e do Barroco, e de 2007 a 2013, um outro, intitulado Ourives e Escultores. a ourivesaria barroca italiana em Portugal – acervo, contexto e processos de importação, ambos no âmbito de bolsas de pós-doutoramento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia.