Rendimento de um trabalhador do setor rural era de 317 euros anuais, em 2015, menos de metade dos 704 euros recebidos pelos trabalhadores urbanos. Nos últimos 10 anos, surgiram mais dois milhões de pobres rurais na região
Rendimento de um trabalhador do setor rural era de 317 euros anuais, em 2015, menos de metade dos 704 euros recebidos pelos trabalhadores urbanos. Nos últimos 10 anos, surgiram mais dois milhões de pobres rurais na região Um em cada dois habitantes do setor rural é pobre, e um em cada cinco, é indigente, segundo o mais recente relatório da Organização das Nações Unidas para a alimentação e agricultura (FaO), que aponta aponta para um aumento assustador da pobreza rural na américa Latina e pede medidas urgentes aos governos para inverter esta tendência. Não podemos tolerar que um em cada dois habitantes rurais seja pobre, e um em cada cinco seja indigente. Pior ainda, sofremos uma reversão histórica, uma queda que deixa patente que nos estamos a esquecer do campo, sublinha o representante regional da FaO, Julio Berdegué. De acordo com o relatório, a pobreza rural na américa Latina cresceu em dois milhões de pessoas pela primeira vez em 10 anos. Um reversão histórica que alcançou um total de 59 milhões de pessoas em 2016, depois de ter caído em quase 20 por cento, entre 1990 e 2014. O setor rural é um setor chave para o crescimento económico dos países, para o desenvolvimento das suas exportações e para o emprego de milhões de pessoas. aí está a base da agro-industria, que impulsiona a inovação científica e tecnológica, e também a agricultura familiar que hoje produz a maior parte dos alimentos de consumo local, adianta Berdegué. No entanto, embora só 18 por cento da população da américa Latina viva em zonas rurais, estas concentram 29 por cento das pessoas pobres na região e 41 por cento das que sofrem de pobreza extrema, referem os especialistas da FaO.