Grupo de especialistas das Nações Unidas revela que este ano pelo menos 300 pessoas morreram e mais de 2. 000 ficaram feridas, por se manifestarem contra as ações do governo
Grupo de especialistas das Nações Unidas revela que este ano pelo menos 300 pessoas morreram e mais de 2. 000 ficaram feridas, por se manifestarem contra as ações do governo Relatores especiais das Nações Unidas para os Direitos Humanos convidaram o governo da Nicarágua a acabar de imediato com a repressão contra quem se manifesta contra as suas ações e coopera com a ONU, entre eles os defensores de direitos humanos, jornalistas e manifestantes pacíficos. Em comunicado, os especialistas asseguram que, desde abril deste ano, a repressão e a violência já causaram a morte a mais de 300 pessoas e ferimentos em mais de 2. 000. a crise começou com uma repressão policial aos protestos sociais, e em meados de junho resvalou para um período de limpeza, com grupos armados pró-governamentais a atuar com impunidade contra quem expressava o seu descontentamento. Os manifestantes, defensores dos direitos humanos e outras pessoas que criticaram o governo foram perseguidas, ameaçadas e criminalizadas, adiantaram os relatores, com base em testemunhos de várias pessoas que dizem ter sofrido represálias por cooperarem com a ONU e com a Organização dos Estados americanos, no contexto da atual crise. Os especialistas condenam ainda o facto de alguns dos nomes e moradas dos defensores de direitos humanos terem sido divulgados na internet, com a acusação de serem inimigos da pátria e do governo ou de serem responsáveis por financiar um golpe de Estado. Trata-se de uma tentativa flagrante de dissuadir as pessoas de defenderem os direitos humanos, atemorizar quem fala contra o governo e submetê-las ao silêncio, concluem.