Depois da absolvição da mulher cristã acusada de blasfémia, os defensores de direitos humanos do Paquistão exigem às autoridades uma punição para quem inventou falsas acusações contra ela
Depois da absolvição da mulher cristã acusada de blasfémia, os defensores de direitos humanos do Paquistão exigem às autoridades uma punição para quem inventou falsas acusações contra ela a polícia deve deter Qari Salim e as duas mulheres muçulmanas que inventaram falsas acusações de blasfémia contra asia Bibi, uma cristã inocente que passou nove anos na prisão. É hora de que o Estado corrija este abuso, ou continuará a impunidade, afirma Taskeen Khan, ativista de direitos humanos no Paquistão, numa declaração à agência Fides. após a absolvição de asia Bibi, a sociedade civil paquistanesa, ativistas de direitos humanos, organizações e comunidades de diferentes religiões têm-se desdobrado em comunicações, alertando para o uso indevido da lei da blasfémia no Paquistão. É triste ver que, por razões pessoais, se invoca e abusa da lei da blasfémia. a família de asia Bibi foi destroçada e agora todos correm perigo de morte. Exigimos que aos falsos acusadores se aplique o mesmo castigo infligido aos blasfemos em cada caso de presumível blasfémia. Esta será a única forma de deter o abuso da lei, adiantou, por sua vez, o coordenador da Comissão Justiça e Paz dos Superiores Maiores em Karachi. Segundo dados da Comissão Justiça e Paz dos bispos do Paquistão, entre 1987 e 2014, mais de 600 muçulmanos foram acusados de blasfémia, 494 ahmadis, 187 cristãos e 21 hindus.como assinalaram vários advogados, na maioria dos casos se tratavam de falsas acusações.