Cansados dos casos de corrupção, os quenianos receberam bem a resignação de dois ministros e perguntam quantos mais vão engrossar a lista dos políticos vítimas dos escândalos financeiros.
Cansados dos casos de corrupção, os quenianos receberam bem a resignação de dois ministros e perguntam quantos mais vão engrossar a lista dos políticos vítimas dos escândalos financeiros. à medida que avançam as investigações de um dos maiores escândalos financeiros do continente africano, a polícia já pediu a entrega dos passaportes de 18 suspeitos e grupos civis organizaram uma manifestação anti-corrupção em Nairobi.
a resignação do ministro da educação, George Saitoti, e do ministro da energia, Liraitu Murungi, foi aclamada como um sinal, ainda que tardio, de maturidade Política no Quénia. Mas os líderes da oposição, os meios de comunicação e os grupos civis frisam que mais pessoas devem resignar e que a verdadeira prova de que o presidente Mwai Kibaki está comprometido com a luta contra a corrupção será dada nos tribunais.
Saioti foi ligado através de um inquérito oficial ao caso “Goldenberg”, no qual mil milhões de dólares de fundos públicos foram roubados numa falsa exportação de ouro e diamantes nos anos 90. O nome de Murungi foi associado ao esquema “anglo Leasing”, no qual centenas de milhões de dólares foram entregues a uma empresa fantasma. ambos proclamam a sua inocência.
Segundo os analistas políticos, as saídas do governo diminuem a pressão pública sobre Kibaki, mas deixam-no isolado, sem os aliados com quem sempre contou. Por outro lado, ainda não se sabe quanto o presidente sabia sobre a “anglo Leasing”, que continuou durante a sua presidência.
Os quenianos e os investidores aplaudiram a acção que está a ser tomada contra a corrupção, mas começam a ecoar vozes que pedem uma renovação Política completa. as próximas eleições estão previstas para 2007.