Iniciativa visa aumentar a autonomia económica das trabalhadoras domésticas, das mulheres com deficiência e migrantes. Vai incidir em setores como a agricultura e turismo
Iniciativa visa aumentar a autonomia económica das trabalhadoras domésticas, das mulheres com deficiência e migrantes. Vai incidir em setores como a agricultura e turismo a ONU Mulheres vai desenvolver um Programa de Empoderamento Económico das Mulheres em Cabo Verde, com o objetivo de combater as condições precárias em que muitas trabalham, promover o acesso a um trabalho decente e melhorar a autonomia financeira das beneficiárias. O projeto tem a duração de cinco anos e prevê um investimento de 2,9 milhões de euros. É um programa que abrange várias áreas em termos de empoderamento económico das mulheres e, mais especificamente, nas questões de contribuição, da participação e dos benefícios dos processos económicos em Cabo Verde. É um programa diferenciado porque trabalha com ações transformativas e questões que são entraves à contribuição, participação e benefício dos processos económicos de uma maneira igualitária, explicou a consultora da organização. Segundo Heloisa Marone, as mulheres cabo-verdianas enfrentam altos níveis de informalidade e condições de trabalho precárias e têm maiores probabilidades de estar no sub-emprego ou em trabalhos vulneráveis. Mesmo com um diploma universitário, o nível de desemprego feminino (14,5 por cento) é maior do que entre os homens (9,6 por cento). Para tentar contrariar esta tendência, o projeto inclui a prestação de assistência técnica, iniciativas de formação, troca de conhecimento e campanhas de sensibilização. Identifica questões de disparidade nessa participação dos processos económicos e trabalha duas grandes vertentes: uma é a promoção do trabalho decente e proteção social para as mulheres e a outra é a da capacidade e acesso a recursos para mulheres que estão ao longo das cadeias de valor do turismo e do agro-negócio, adiantou Heloisa Marone.