a punição corporal nas escolas tem sido uma tradição em Timor-Leste. Oito em cada 10 docentes admitiram como aceitável bater num aluno em certos casos de indisciplina
a punição corporal nas escolas tem sido uma tradição em Timor-Leste. Oito em cada 10 docentes admitiram como aceitável bater num aluno em certos casos de indisciplina O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) está a desenvolver um projeto baseado na aplicação de disciplina de forma positiva, que consiste na formação de professores do ensino básico de Timor-Leste, para que estes consigam gerir turmas grandes com sentido de inclusão e ajudem a transformar as escolas em estabelecimentos amigos das crianças. a punição corporal por parte dos docentes tem sido uma tradição no país. De acordo com um estudo efetuado em 2015, sete em cada 10 crianças disseram ter sofrido violência física dos seus professores, e pelo menos oito em cada 10 professores declararam como aceitável bater num aluno em certas circunstâncias. Para combater este hábito, o UNICEF promoveu o projeto em parceria com o Ministério da Educação de Timor-Leste, com o objetivo de capacitar os docentes para uma prática ativo do ensino de forma positiva. até agora, já receberam formação mais de 1. 400 professores. Uma das docentes formada ao abrigo desta parceria testemunhou aos técnicos da agência da ONU que as competências adquiridas na formação a levaram a mudar de atitude. Quando começou a dar aulas numa escola primária de Matata, no município rural de Ermera, Lurdes, 34 anos, imitava as regras de disciplina que conhecia desde criança. Repreendia e até espancava os alunos que se comportavam mal. agora, além de trabalhar para que as crianças tenham uma nota alta, afirma-se esperançada num melhor desempenho dos seus alunos, a quem procura inspirar atitudes para mudar o seu comportamento para que se tornem melhores pessoas no futuro.