Quando um jornalista é atacado, é toda a sociedade que sofre, considera o secretário-geral das Nações Unidas, pedindo mais ação aos líderes mundiais para acabarem com a «cultura de impunidade» neste tipo de crimes
Quando um jornalista é atacado, é toda a sociedade que sofre, considera o secretário-geral das Nações Unidas, pedindo mais ação aos líderes mundiais para acabarem com a «cultura de impunidade» neste tipo de crimes Só este ano, pelo menos 88 profissionais da comunicação social forma mortos em todo o mundo. Nove em cada 10 casos ficaram por resolver, no que diz respeito à identificação e punição dos responsáveis pelos ataques. É ultrajante e não deve tornar-se um padrão, afirma o secretário-geral das Nações Unidas, numa mensagem a propósito do Dia Internacional para acabar com a Impunidade em Crimes contra Jornalistas, que se assinala esta sexta-feira, 2 de novembro. Segundo antónio Guterres, em pouco mais de uma década, mais de mil jornalistas foram mortos enquanto faziam o seu trabalho. a maioria dos casos ficaram sem punição e as mulheres estão cada vez em maior risco de serem alvos não só pelo seu trabalho, mas também pelo seu género, incluindo pela violência sexual. O líder da ONU realça que noticiar não é crime, presta tributo aos profissionais que prosseguem com o seu trabalho apesar das intimidações e ameaças, e apela aos líderes mundiais que se unam para defender os jornalistas, a verdade e a justiça. a verdade nunca morre e também não deve morrer o compromisso com o direito fundamental da expressão. Este ano, assistimos à repressão contra jornalistas em todas as regiões do mundo, da Nicarágua e do México à Turquia, Somália, Camboja e Myanmar. O terrível assassinato do jornalista Jamal Khashoggi no consulado da arábia Saudita em Istambul foi notícia em todo o mundo. Estes ataques destacam o papel crucial que os jornalistas têm e o preço que pagam muitas vezes por isso. apesar disso, hoje, mais do que nunca, um jornalismo forte, arrojado e independente é essencial para a democracia e para todos nós, refere, por sua vez, o porta-voz da agência de Direitos Humanos da ONU, Liz Throssel.