a primeira mulher indígena a tornar-se advogada no Brasil foi distinguida pelas Nações Unidas pela sua luta pelos direitos das comunidades indígenas
a primeira mulher indígena a tornar-se advogada no Brasil foi distinguida pelas Nações Unidas pela sua luta pelos direitos das comunidades indígenas a luta pelos direitos dos povos indígenas brasileiros valeu a Joênia Wapichana, a primeira mulher indígena a tornar-se advogada no Brasil, o Prémio Nacões Unidas de Direitos Humanos. a galardoada, que este ano foi eleita deputada federal, dedica o prémio às mulheres indígenas e a todos os que lutam para proteger as populações nativas. Este reconhecimento vai servir também para nos proteger. Vai fazer com que o mundo preste atenção que os povos indígenas são detentores de direitos, que têm seus valores, não somente aquele olhar de cobiça para as terras indígenas mas que eles são cidadãos, que são pessoas que querem fazer parte da tomada de decisões de muitos processos que estão sendo discutidos dentro dos países, que são defensores de direitos, defensores de conhecimentos, defensores de vários saberes, e a gente vai fazer também com que as crianças possam viver este exemplo, reagiu a líder indígena, em declarações à ONU News. Joênia pertence à comunidade Wapichana, na amazónia brasileira. após defender um caso de disputa de terras na Comissão Interamericana de Direitos Humanos, tornou-se a primeira advogada indígena a comparecer perante a Suprema Corte do Brasil. Em 2013, foi nomeada como a primeira presidente da Comissão Nacional de Defesa dos Direitos dos Povos Indígenas. Este ano, além de Joênia, a ONU atribuiu o Prémio de Direitos Humanos também à defensora dos direitos das mulheres e meninas na Tanzânia, Rebeca Gyumi, à organização irlandesa Front Line Defenders, e à advogada de direitos humanos asma Jahnguir, do Paquistão, que foi distinguida a título póstumo. O Prémio de Direitos Humanos das Nações Unidas é concedido a pessoas e organizações pelas suas conquistas em direitos humanos. De acordo com a ONU, a distinção é uma oportunidade para enviar uma mensagem clara aos defensores dos direitos humanos em todo o mundo de que a comunidade internacional agradece e apoia os seus esforços para promover todos os direitos humanos para todos. a entrega dos prémios realiza-se em dezembro, na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, Estados Unidos da américa.