Governo exige que sejam apuradas responsabilidades em relação aos alegados atos de violência no processo de expulsão de mais de 260 mil congoleses de território angolano
Governo exige que sejam apuradas responsabilidades em relação aos alegados atos de violência no processo de expulsão de mais de 260 mil congoleses de território angolano as autoridades da República Democrática do Congo querem ver esclarecidas as circunstâncias que envolveram a expulsão de cerca de 261 mil congoleses de território angolano e admitem recorrer às instâncias internacionais, caso o governo de angola não promova rapidamente inquéritos aprofundados para estabelecer responsabilidades, sobre as alegadas violências cometidas durante o processo de repatriamento. O governo [congolês] condena as violações de direitos humanos e as perdas de vidas humanas provocadas durante estas expulsões, efetuadas com desprezo pelos acordos sobre a matéria, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros da RDC, Léonard She Okitundu, numa conferência de imprensa, em Kinshasa. Segundo as autoridades angolanas, 261. 713 congoleses regressaram voluntariamente ao seu país. Mas o governo congolês tem outra versão: 160. 901 congoleses regressaram voluntariamente durante as últimas semanas para a província de Kasai, 27. 971 compatriotas foram expulsos brutalmente, 1. 966 para a província de Kwango e um número ainda indeterminado que foram expulsos para o Kwilu em condições muito precárias. O governo deplora particularmente o não-respeito do princípio de informação prévia, que é obrigatório para qualquer país que proceda a expulsões de migrantes irregulares, que deve informar previamente o país de acolhimento das pessoas a expulsar, com vista a um melhor acolhimento destas, sublinhou Okitundu. Em comunicado, citado pela agência Lusa, o Ministério das Relações Exteriores (MIREX) angolano, assegura que as informações foram prestadas durante um encontro com o embaixador da República Democrática do Congo em angola, Didier Kazadi Nyembwa, realizado na capital angolana, Luanda.