Na Missa de abertura do Sínodo dos Bispos dedicado às novas gerações, Francisco pediu uma nova dinâmica na comunicação com os jovens, sem barreiras nem preconceitos
Na Missa de abertura do Sínodo dos Bispos dedicado às novas gerações, Francisco pediu uma nova dinâmica na comunicação com os jovens, sem barreiras nem preconceitos Uma nova linguagem, carregada de esperança, sem barreiras e sem preconceitos, é o que se pede à Igreja Católica, para uma melhor relação com os jovens. Esta foi a mensagem deixada pelo Papa Francisco, esta quarta-feira, 3 de outubro, na Missa de abertura do Sínodo dos Bispos, dedicado precisamente às novas gerações.começamos um novo encontro eclesial capaz de ampliar horizontes, dilatar o coração e transformar as estruturas que hoje nos paralisam, separam e afastam dos jovens, deixando-os expostos às intempéries e órfãos duma comunidade de fé que os apoie, dum horizonte de sentido e de vida, afirmou Francisco, na Praça de São Pedro, no Vaticano. a 15a assembleia geral ordinária do Sínodo dos Bispos, com o tema Os jovens, a fé e o discernimento vocacional, decorre até 28 de outubro, por decisão do Papa, e reúne no Vaticano 267 padres sinodais, 23 especialistas e 36 jovens, para refletirem em conjunto sobre os jovens e as razões da sua distância da Igreja. Sabemos que os nossos jovens serão capazes de profecia e visão, na medida em que nós, adultos ou já idosos, formos capazes de sonhar e assim contagiar e partilhar os sonhos e as esperanças que trazemos no coração, sublinhou Francisco, pedindo um discurso de esperança, capaz de derrubar as situações de precariedade, exclusão e violência que afetam os jovens. No encontro sinodal participam dois bispos chineses, a convite do Papa. a presença destes prelados no Vaticano representa o desanuviar das tensões entre a China e a Santa Sé, depois da assinatura, em Pequim, de um acordo provisório para a nomeação de bispos, principal motivo do conflito entre os dois Estados. Para preparar o Sínodo, foi feito um inquérito aos jovens a nível mundial. Em Portugal, 57 por cento dos jovens inquiridos afirmaram professar uma religião e 27 por cento garantiram que iam à Missa todas as semanas e mais frequentemente, revelou à agência Ecclesia o presidente da Comissão Episcopal do Laicado e da Família, Joaquim Mendes. Há alguma defeção dos jovens em relação à Igreja Católica como há em relação a muitas instituições mas não em relação à fé, não em relação à busca de Deus, não em relação ao sentido para a vida, à justiça e ao bem, adiantou o bispo.