Conflito deixou 60 por cento da população exposta à insegurança alimentar e a crise só não é mais grave devido à intervenção das equipas humanitárias
Conflito deixou 60 por cento da população exposta à insegurança alimentar e a crise só não é mais grave devido à intervenção das equipas humanitárias O conflito prolongado e o período de maior escassez antes das colheitas deixou 6,1 milhões de pessoas em situação de fome extrema no Sudão do Sul, segundo o mais recente Relatório Integrado de Segurança alimentar publicado pela Organização das Nações Unidas para a agricultura e alimentação (FaO). O documento refere que 60 por cento da população enfrenta os níveis 3, 4 e 5 de insegurança alimentar, classificados como crise, emergência e catástrofe, respetivamente. Neste lote encontram-se cerca de 1,2 milhões de crianças com menos de cinco anos, que continuam sem acesso a serviços, sujeitas a dietas extremamente pobres e a falta de saneamento e higiene. É fundamental acabar com os conflitos e manter a paz para evitar que uma situação de insegurança alimentar, que já é grave, se deteriore ainda mais, alertou o representante da FaO no Sudão do Sul, Pierre Vauthier, salientando que o conflito é o principal motor desta situação desesperante, pois torna impossível que os agricultores recuperem. a guerra civil no Sudão do Sul ocorre desde dezembro de 2013 e está a causar destruição, morte e deslocamentos generalizados. Pelo menos 1,7 milhão de pessoas estão deslocadas e outras 2,5 milhões vivem como refugiadas em países vizinhos.