Diretor digital do grupo Renascença Multimédia considera que a sociedade atual já vive na era digital, com tudo o que de bom se pode extrair das novas tecnologias, mas não deve ignorar a parte humana, como a questão da privacidade ou do conhecimento
Diretor digital do grupo Renascença Multimédia considera que a sociedade atual já vive na era digital, com tudo o que de bom se pode extrair das novas tecnologias, mas não deve ignorar a parte humana, como a questão da privacidade ou do conhecimentoVivemos num mundo digital e ponto, mas quando se fala nas tecnologias, estamos a falar de pessoas e são elas que moldam o futuro, afirmou o diretor digital do grupo Renascença Multimédia, Nelson Pimenta, na conferência de abertura das Jornadas de Comunicação Social e Digital, que iniciaram esta quinta-feira, 27 de setembro, em Fátima. O especialista recordou que a internet veio democratizar o acesso à tecnologia, permite novas e mais rápidas formas de comunicação, mas também encerra os seus perigos, se não for bem utilizada. Uma delas, é enfraquecer o espírito crítico das futuras gerações – que podem achar que o conhecimento está todo na rede -, a outra é a questão da perda da privacidade. a privacidade hoje em dia é quase uma moeda de troca e nós temos dado muitas esmolas nos últimos anos, sublinhou Nelson Pimenta, aludindo às permissões e à partilha de informações que os internautas foram concedendo, a tal ponto, que no digital, a privacidade quase não existe. Para Nelson Pimenta, apesar dos riscos que possam estar associados ao mundo digital, mais do que limitar o acesso aos meios, por exemplo aos jovens, é necessário formatar os valores. Se não fosse a nossa capacidade humana de contar uma boa história, não estávamos aqui a fazer nada, concluiu o especialista. Na sessão de abertura dos trabalhos, João Lavrador, presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, lembrou que um dos objetivos das jornadas é reconhecer e partilhar o que de bom já existe para uma comunicação eficaz e evangelizadora da Igreja Católica e apelou à continuidade do trabalho em rede, para uma melhor adaptação à realidade atual.