Confrontos entre milícias rivais têm-se intensificado a sul da capital o que está a deixar mais de dois milhões de pessoas em dificuldades. Cerca de meio milhão são menores
Confrontos entre milícias rivais têm-se intensificado a sul da capital o que está a deixar mais de dois milhões de pessoas em dificuldades. Cerca de meio milhão são menores O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) lançou um alerta para o perigo iminente em que se encontram cerca de 500 mil crianças, em Trípoli, a capital da Líbia. Os confrontos travados há quase um mês intensificaram-se nos últimos dias, já deixaram mais de uma centena de mortos e cerca de 400 feridos. Há 2,6 milhões de pessoas a necessitar de ajuda urgente, sendo que meio milhão é menor de idade, ou seja, com maior risco de doenças e de abusos. Segundo o diretor regional do UNICEF para o Médio Oriente e Norte de África, Geert Cappelaere, além dos cortes diários de água, da falta de comida e eletricidade, as crianças líbias estão ameaçadas por um aumento de casos de sarampo, com mais de 500 casos notificados. Também está em risco o reinício do ano letivo, marcado para 3 de outubro, pelo crescente número de escolas usadas como abrigos para famílias deslocadas. Toda esta violência agrava o sofrimento dos menores, cujos pais chegaram à Líbia com a esperança de emigrar para a Europa por via marítima, adiantou o responsável, sublinhando que os últimos combates obrigaram 1. 200 famílias a deixar as suas casas, elevando o número total de deslocados para mais de 25 mil. apesar do acordo de cessar-fogo alcançado em 4 de setembro sob a mediação da ONU, os confrontos recomeçaram na semana passada nos bairros do sul da capital.