Se a tendência dos últimos anos se mantiver, será mais difícil erradicar a pobreza extrema no planeta até 2030, alertam os especialistas do Banco Mundial
Se a tendência dos últimos anos se mantiver, será mais difícil erradicar a pobreza extrema no planeta até 2030, alertam os especialistas do Banco Mundial O ritmo cada vez mais lento registado na diminuição da pobreza extrema pode pôr em risco a meta estabelecida para a erradicação deste flagelo, segundo um estudo recente do Banco Mundial, que aponta para a necessidade urgente de se apostar mais em educação e saúde. Segundo os dados agora divulgados, entre 1990 e 2015, o percentual de extrema pobreza passou de 36 por cento para 10 por cento da população mundial, com uma queda média de um ponto percentual ao ano. Porém, nos últimos dois anos deste intervalo, a queda foi menos acentuada, o que pode colocar em risco os objetivos definidos para 2030. Os especialistas estimam que este ano a taxa chegue aos 8,6 por cento, a mais baixa de sempre, mas apesar dos esperados progressos, os percentuais de pobreza continuam altos nos países afetados por conflitos e instabilidade política. O cenário mais preocupante é o da África subsaariana, onde 40 por cento da população é extremamente pobre. Na américa Latina e Caraíbas, região que inclui o Brasil, quatro por cento da população ainda vive com menos de 1,6 euros por dia, o que corresponde a cerca de 26 milhões de pessoas.