Ritmo de mortes está a ameaçar a reprodução da espécie em Moçambique. autoridades queixam-se da falta de fiscais para travar os caçadores furtivos
Ritmo de mortes está a ameaçar a reprodução da espécie em Moçambique. autoridades queixam-se da falta de fiscais para travar os caçadores furtivos Só numa reserva, na província moçambicana do Niassa, foram abatidos ilegalmente cerca de 16 mil elefantes em sete anos, revelou esta semana a imprensa local, contrariando os números oficiais que dão conta de um menor número de animais mortos pelos caçadores furtivos. De acordo com dados locais de mapeamento, em 2009 existiam 20. 118 elefantes na reserva [do Niassa], mas em 2016 restavam apenas 3. 675, o que quer dizer que neste período foram abatidos 16. 443 animais, refere o jornal O País, apontando a falta de fiscais como uma das principais causas para este flagelo. Os últimos dados oficiais disponíveis, divulgados pela administração Nacional das Áreas de Conservação (aNaC), indicavam que, desde 2009, o país tinha perdido pelo menos 10 mil elefantes e que, só na Reserva do Niassa, a maior área protegida do país, o número total tinha passado de 12. 000 para 4. 400 em três anos (entre 2011 e 2014). Numa entrevista à agência Lusa, em março, o diretor de Proteção e Fiscalização da aNaC, Carlos Lopes, já tinha alertado para os efeitos que este problema pode ter no futuro: Continuamos a perder elefantes a um ritmo que, se não for radicalmente alterado, vai conduzir à extinção ou, pelo menos, à inviabilidade das populações desta espécie.