Estima-se que existem 70 milhões de trabalhadores domésticos em todo o mundo, sendo que 70 por cento são mulheres. Especialista da ONU alerta que muitas destas pessoas são vítimas de escravidão
Estima-se que existem 70 milhões de trabalhadores domésticos em todo o mundo, sendo que 70 por cento são mulheres. Especialista da ONU alerta que muitas destas pessoas são vítimas de escravidão a relatora especial das Nações Unidas sobre formas contemporâneas de escravidão, Urmila Bhoola, considera a servidão de trabalhadores domésticos um abuso de direitos humanos abismal e degradante e apela aos governos e empresas privadas que protejam, respeitem e façam cumprir os direitos humanos de todos estes trabalhadores – cerca de 70 milhões em todo o mundo, 70 por cento dos quais do sexo feminino. as violações de direitos continuam invisíveis porque são confinadas à esfera privada dos seus empregadores, pois muitas vezes, este trabalho não é considerado trabalho real devido a normas sociais e atitudes discriminatórias, particularmente se os trabalhadores são membros de comunidades marginalizadas, explicou a especialista, durante a apresentação de um relatório ao Conselho de Direitos Humanos da ONU. Segundo Bhoola, muitas mulheres, impulsionadas pela pobreza, são obrigadas a aceitar condições de trabalho e de vida que violam os seus direitos humanos fundamentais. Em consequência, ficam expostas a abusos, como isolamento físico e social, restrição de movimento, violência psicológica, física e sexual, intimidação, retenção de documentos e salários, condições abusivas de trabalho e de vida e horas extras excessivas. Nos últimos anos têm sido dados passos positivos em vários países, mas a especialista recorda que são poucos ainda os Estados que ratificaram a Convenção de Trabalhadores Domésticos da Organização Internacional do Trabalho (OIT), de 2013.