O ano passado morreram 5,4 milhões de crianças com menos de cinco anos. Muitas destas mortes podiam ter sido evitadas se fossem asseguradas melhores condições às famílias e melhor assistência médica
O ano passado morreram 5,4 milhões de crianças com menos de cinco anos. Muitas destas mortes podiam ter sido evitadas se fossem asseguradas melhores condições às famílias e melhor assistência médica apesar dos progressos notáveis que temos alcançado desde 1990, milhões de crianças continuam a morrer simplesmente pela sua identidade ou o ambiente onde nasceram. Se forem aplicadas soluções simples, como o fornecimento de medicamentos, água potável, eletricidade e vacinas, podemos mudar essa realidade para todas as crianças, alerta Laurence Chandy, diretora de Dados, Investigações e Políticas do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). O aviso surge na sequência do mais recente relatório mundial sobre mortalidade infantil, onde se estima que entre 2018 e 2030 poderão morrer 56 milhões de menores de cinco anos, caso não se tomem medidas urgentes. O ano passado, o número de mortes de crianças com menos de cinco anos chegou aos 5,4 milhões. Estas mortes refletem o acesso limitado de crianças e comunidades a condições básicas de saúde, como vacinação, tratamento médico de doenças infeciosas, alimentação adequada, água limpa e saneamento, referem os autores do estudo, considerando inaceitável que 15 mil crianças tenham morrido todos os dias em 2017, na sua maioria de causas evitáveis e doenças tratáveis. Metade das mortes ocorreu na África subsariana e 30 por cento no sudeste asiático. as crianças nascidas em ambientes menos desenvolvidos, são as que correm mais riscos de vida. De acordo com o relatório, os descendentes de famílias pobres têm o dobro da possibilidade de morrer do que se tiverem nascido em famílias abastadas. O risco de morte nas áreas rurais é 1,5 vezes superior ao das áreas urbanas e os filhos de mães sem educação têm uma probabilidade 2,6 vezes superior de morrer do que se fossem filhos de mães com o ensino secundário ou superior. a qualidade do ar também discrimina nestas mortes, em particular em algumas regiões da África subsariana.