Pela primeira vez, em quase quatro anos, a quantidade de deslocados está abaixo dos dois milhões. Retornados tomaram a decisão de voltar por se sentirem mais seguros e terem acesso a uma habitação
Pela primeira vez, em quase quatro anos, a quantidade de deslocados está abaixo dos dois milhões. Retornados tomaram a decisão de voltar por se sentirem mais seguros e terem acesso a uma habitação Um relatório recente da Organização Internacional para as Migrações revela que o número de deslocados no Iraque baixou a fasquia dos dois milhões pela primeira vez, em quase quatro anos de conflito. Segundo o estudo, cerca de quatro milhões de iraquianos já regressaram às suas localidades de origem. Dos que voltaram, após terem fugido da violência, 97 por cento retornaram às suas residências habituais, dois por cento alojaram-se em empreendimentos privados e os restantes continuam em situação de grande vulnerabilidade, tendo procurado refúgio em instituições religiosas, escolas ou outros urbanística abandonados. Entre as razões invocadas para justificar o regresso, os deslocados mencionaram a melhoria da segurança, a disponibilidade de habitações, a falta de meios financeiros para continuarem em situação de deslocados, o incentivo por parte dos líderes comunitários e o apoio oferecido por amigos ou familiares. Os que se encontram deslocados – cerca de 1,9 milhões – alegam, por seu turno, não ter condições para regressar às suas terras por terem as casas e infraestruturas destruídas, falta de meios financeiros e de oportunidades laborais, além das preocupações em matéria de segurança.