Responsável da Organização Mundial de Saúde considera que a regulação de medicamentos nos países de língua portuguesa poderia melhorar muito com mais literatura explicativa em português
Responsável da Organização Mundial de Saúde considera que a regulação de medicamentos nos países de língua portuguesa poderia melhorar muito com mais literatura explicativa em português O combate à falsificação de medicamentos e a regulação dos fármacos poderia melhorar de forma considerável se houvesse mais informação escrita em português, defende a diretora-geral assistente da Organização Mundial de Saúde (OMS), Mariângela Simão, que pede mais cooperação entre os países de língua portuguesa para aumentar a eficácia nesta área. Segundo a responsável, por não estarem inseridos em grupos anglófonos ou francófonos, que são os maiores produtores de literatura e informação na área de saúde, os países de língua portuguesa, sobretudo os africanos, deixam de receber, no seu idioma materno, atualizações e informações, por exemplo, sobre regulação de medicamentos, combate a remédios falsos e outras ações na área da saúde. Pelo fato das publicações e das formações se darem em língua inglesa ou francesa, tanto por parte da OMS como por parte de outras agências que trabalham em saúde, muitas vezes as comunidades de profissionais de saúde de língua portuguesa ficam isoladas. Isso cada vez mais se torna mais importante, afirma Mariângela Simão. Para a especialista da OMS, é essencial que a ligação da língua possa ser explorada de forma mais abrangente e eficaz, e que cada vez mais pessoas possam ter acesso à literatura e à informação no seu próprio idioma para que compreendam perfeitamente os passos necessários de cada ação.