O exemplo de vida de missionários em terras africanos levou jovem local a trilhar um “caminho” rumo à vida religiosa, para um dia vir a fazer pelos outros, aquilo que já fizeram por ele
O exemplo de vida de missionários em terras africanos levou jovem local a trilhar um “caminho” rumo à vida religiosa, para um dia vir a fazer pelos outros, aquilo que já fizeram por ele a vida simples que os Missionários da Consolata levavam em Moçambique cativou Eugénio Bento ao longo da sua infância e adolescência. agora, aos 28 anos de idade, o jovem tem no horizonte a ordenação diaconal. a meta é chegar ao sacerdócio. Via nos padres da Consolata um exemplo de vida. Gostava muito da sua simplicidade. Viviam connosco, trabalham para o povo e ficavam com o povo. São pessoas simples, recorda o seminarista, sem conseguir deixar de lembrar dois sacerdotes que muito o marcaram: Diamantino antunes e Simão Pedro.

Impressionava a Eugénio o âmbito alargado das ações promovidas pelos sacerdotes. Trabalhavam na promoção humana e na pastoral. Promoviam a educação através de escolas, e faziam lares próximos de escolas onde acolhiam crianças e jovens de regiões sem uma escola por perto, para que estes conseguissem ir às aulas. assim era mais fácil ir à escola, lembra o seminarista, salientando que também ele foi um dos jovens recebidos num dos lares dos missionários da Consolata.

Às ações dos sacerdotes somava-se a dedicação dos Leigos Missionários da Consolata (LMC). Eugénio recorda com felicidade a presença do casal português Elizabeth e Ricardo Santos, que muito contribuiu para a sua formação, particularmente na área da informática. a decisão de se tornar um sacerdote missionário, à semelhança daqueles com quem contactou ao longo da sua vida, levou-o a Itália, onde estudou a Teologia.

atualmente, o jovem encontra-se integrado na comunidade de Águas Santas (Maia) dos Missionários da Consolata. as pessoas são acolhedoras. Parece que me conhecem desde sempre. Logo no primeiro dia já tinha criado amizades, conta o jovem, que deseja preparar-se da melhor forma possível para estar com o povo. Por esse motivo, foi um dos 60 participantes do Curso de Missiologia que chega ao fim este sábado, 1 de setembro, depois de ter iniciado a 27 de agosto, nas instalações dos Missionários da Consolata, em Fátima.

No curso são tratados assuntos relevantes para a integração nesta realidade europeia. ajuda a conhecer bem esta realidade, salientou o seminarista moçambicano, sem deixar de reconhecer a importância da diversidade de origens entre os formandos, que participaram num curso que este ano celebra o seu 25. º aniversário. aqui temos muita diversidade cultural. Mesmo sendo africanos, somos de culturas diferentes. aqui aproveito para conhecer as culturas de outras pessoas. Temos coisas que nos unem. Criamos amizades e caminhamos juntos, referiu o jovem, em declarações à Fátima Missionária.