Depois de interromper a carreira de professor, Rui Silva iniciou uma viagem pelo mundo para divulgar e reunir fundos para a Fundação Maria Cristina, que presta ajuda às crianças dos bairros de lata de Dhaka, capital do Bangladesh
Depois de interromper a carreira de professor, Rui Silva iniciou uma viagem pelo mundo para divulgar e reunir fundos para a Fundação Maria Cristina, que presta ajuda às crianças dos bairros de lata de Dhaka, capital do BangladeshRui Daniel Silva tem 40 anos, é natural de Nelas, no distrito de Viseu, e decidiu fazer uma pausa nas aulas de piano que ministrava em Portugal, para rumar ao Bangladesh, com o objetivo de angariar fundos para as crianças da Fundação Maria Cristina, conforme explica o próprio, em comunicado.
a viagem do português iniciou em setembro do ano passado, e agora é já altura para balanços. até ao momento, Rui visitou 130 países. atravessei toda a África Ocidental e neste momento estou no Zimbabwe a caminho da Zâmbia, explica, adiantando que ao longo de toda a sua viagem dá a conhecer e partilha a página da Fundação Maria Cristina para quem quiser ajudar.
a jornada levou-o até ao drama do trabalho infantil e assume que viveu algumas situações que o fizeram sentir medo. O que me marcou mais nesta viagem foi infelizmente a escravatura de crianças que ainda existe em algumas zonas. apesar de toda a pureza das crianças e jovens, muitos deles são mal tratados pelos locais. Já senti algum medo e já tive alguns problemas como me terem agredido na Libéria. Fui assaltado no Burkina Faso, conta.
a violência e a hospitalidade têm acompanhado a viagem do português. a viagem que mais me marcou foi num cargueiro desde a Nigéria aos Camarões. O povo mais hospitaleiro em solo africano até ao momento foi o Níger. Sempre que posso e consigo ando à boleia e acampo em aldeias ou durmo com algumas tribos. Já tive que dormir na berma da estrada no Mali por causa dos rebeldes, refere.
O modo de vida das populações por onde Rui tem passado, assume um grande contraste em relação àquilo que os povos dos países desenvolvidos estão habituados. Exemplo disso é o facto de ser necessário esperar horas para que uma simples carrinha ou autocarro fique cheio para prosseguir viagem. O português vai partilhando também o nome da fundação através da rede social Facebook, e criou uma página online destinada a donativos.