Os bispos da amazónia demonstram a sua indignação perante a violência exercida sobre migrantes venezuelanos em Roraima, e criticam a ausência de políticas públicas integradas e eficazes que impeçam este problema

Os bispos da amazónia demonstram a sua indignação perante a violência exercida sobre migrantes venezuelanos em Roraima, e criticam a ausência de políticas públicas integradas e eficazes que impeçam este problema

Os bispos católicos da amazónia manifestam a sua indignação em relação à intolerância manifestada contra as mulheres, homens e crianças, refugiados venezuelanos, no decorrer de atos violentos ocorridos em Pacaraima, Roraima, no final da última semana, 18 de agosto. Expressamos a nossa solidariedade para com as famílias que sofreram a violenta expulsão do Brasil e edificamo-nos com as pessoas, instituições e comunidades católicas que acolhem e protegem os nossos irmãos e irmãs migrantes, referem os bispos.
Os prelados pedem ao governo venezuelano que resolva a situação que está na origem do deslocamento das pessoas. Reconhecemos que a situação é crítica, principalmente pela ausência de uma ação integrada e eficaz das esferas municipais, estadual e federal do Estado Brasileiro, que assegure o acolhimento humanitário aos refugiados. Insistimos que o governo da Venezuela supere as causas geradoras desse deslocamento forçado. Lembramos que os refugiados pertencem a povos da amazónia e merecem respeito à sua dignidade e aos Direitos Humanos. Dizemos “basta” ao ódio e “sim” ao acolhimento fraterno, frisam.
as palavras dos bispos surgem no âmbito do terceiro Encontro da Igreja Católica na amazónia Legal, que chegou ao fim quinta-feira, 23 de agosto, depois de ter começado no início desta semana, 20, em Manaus. O encontro reuniu 58 bispos e 27 representantes de prelazias e dioceses, tendo sido convocado pela Comissão Episcopal para a amazónia, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, com o objetivo de dialogar sobre o Sínodo Especial para amazónia, que terá lugar em outubro de 2019.