a peça conta com um vasto conjunto de detalhes, que remetem para a história da Cova da Iria. Exemplo disso são as rosas representativas dos três pastorinhos e as esferas do rosário
a peça conta com um vasto conjunto de detalhes, que remetem para a história da Cova da Iria. Exemplo disso são as rosas representativas dos três pastorinhos e as esferas do rosário a imagem de Nossa Senhora do Rosário foi transportada num novo andor durante a Peregrinação do Migrante e do Refugiado a Fátima, que iniciou domingo, 12 de agosto, na Cova da Iria. O suporte apresenta uma linguagem plástica e iconográfica que vai ao encontro de uma comunicação com o peregrino, explicam os serviços de comunicação do Santuário de Fátima.

Na parte da frente surge a cruz de Cristo texturizada de carvalho e coroada por rosas e folhagens. a cruz na frente remete para a abertura de um caminho e alude à cruz – coroado de rosas e folhas – descrita na terceira parte do segredo de Fátima. Esta encontra-se ladeada pelos painéis laterais que se inscrevem na pomba da paz que transporta o ramo de oliveira, sobre um pedaço de azinheira. Na parte de trás existe um coração que carrega o tojo, símbolo da dor e amor de Maria.

as quatro colunas laterais unificam os painéis com a representação de uma cruz/sol numa interpelação à comunhão. Na parte superior das colunas surgem três rosas: uma por cada pastorinho. Cada painel contém uma estrela representando a mensagem que Maria leva aos quatro cantos do mundo. as esferas que embainham o andor representam o diálogo interno do peregrino aos céus, e remetem também para as contas do rosário, aludindo a diferentes cenários: 13 unidades nas laterais, alusivas ao dia em que Maria apareceu; sete no painel frontal, alusivas ao ano de 1917; e cinco no painel posterior, alusivas ao mês de maio.

O andor é em madeira de cedro do Brasil, à semelhança da imagem de Nossa Senhora de Fátima. a peça é revestida a folha de ouro fino, os altos-relevos são de bronze e do andor fazem ainda parte duas varas de madeira de sucupira, rematadas por rosas em bronze, para o seu transporte. Na parte inferior de cada coluna encontram-se alcachofras, em alusão ao andor histórico que será restaurado nos próximos meses. a obra foi desenvolvida por Sílvia Patrício, artista plástica, e por Eusébio Calvário, arquiteto, com o programa iconográfico a cargo de Marco Daniel Duarte, diretor do Museu do Santuário.