Novo surto da doença está a alastrar numa região que tem um milhão de deslocados e mais de 100 grupos armados, o que torna mais complexa a intervenção das equipas médicas e humanitárias
Novo surto da doença está a alastrar numa região que tem um milhão de deslocados e mais de 100 grupos armados, o que torna mais complexa a intervenção das equipas médicas e humanitáriasOdiretor-geraladjunto de Preparação e Resposta a Emergências da Organização Mundial de Saúde (OMS), Peter Salama, admite que vai ser muito complexo combater o novo surto de ébola no leste da República Democrática do Congo (RDC), bem como proteger as pessoas dainfeção, por causa do conflito armado que fustiga a região. Salama admite que o número de casos possa aumentar nos próximos dias e semanas, com base na trajetória de epidemias neste estágio de desenvolvimento. até agora não há certezas sobre a estirpe, embora tudo aponte para que seja a mesma da epidemia anterior e que havia sido dada como extinta pela OMS. Neste momento, a prioridade da organização é confirmar o tipo de variante do vírus, pois se for o mesmo, já existe uma vacina segura e eficaz que pode ser usada. a parte menos boa é que essa estirpe é a mais mortal e vitimou mais de metade das pessoas contaminadas. a RDC está envolvida num longo conflito, e na região onde surgiu o novo surto existem mais de 100 grupos armados. Por isso, a OMS acredita que para obter acesso a algumas das pessoas vai ser necessária uma escolta armada. O país acolhe a maior operação de manutenção de paz da ONU, a MONUSCO, que pode auxiliar nestes esforços.