Lucros obtidos com a venda de pão e bolos são investidos em matéria-prima e em ações de formação dirigidas a mulheres e jovens. Depois de adquirirem conhecimentos técnicos, ficam capacitadas para entrar no mercado de trabalho
Lucros obtidos com a venda de pão e bolos são investidos em matéria-prima e em ações de formação dirigidas a mulheres e jovens. Depois de adquirirem conhecimentos técnicos, ficam capacitadas para entrar no mercado de trabalhoNuma região onde escasseia o emprego, onde as fontes de rendimento se resumem praticamente à agricultura, onde proliferam a pobreza, a desnutrição e a propagação de doenças, como a malária, o mais pequeno gesto solidário pode fazer uma grande diferença. É o que esperam os missionários da Consolata que trabalham em Isiro, na República Democrática do Congo (RDC), ao criarem um projeto de formação para mulheres e jovens, na área da panificação. a partir da padaria do Centro de Nutrição, as formandas – muitas delas ainda adolescentes e com filhos a seu cargo – têm a possibilidade de aprender as técnicas de panificação, assimilar noções básicas de contabilidade e administração e desenvolver competências na área da higiene pessoal e laboral. Depois de instruídas, podem tentar entrar no mercado de trabalho ou partir para a criação do seu próprio emprego, melhorando assim os seus rendimentos e a qualidade de vida das suas famílias.com um custo global de pouco mais de 11 mil euros, o projeto está a ser apoiado pela região norte-americana do Instituto Missionário da Consolata (IMC). Devido à exiguidade do espaço, apenas é possível dar formação a cinco mulheres de cada vez. além do donativo americano, os missionários contam com os lucros da venda dos produtos para investir na formação. Temos uma produção diária de cerca de 100 biscoitos e 200 pães, com os quais ganhamos 28 euros. Os custos de produção rondam os 13 euros, pelo que o lucro líquido é de aproximadamente 15 euros, explicam os promotores da iniciativa. O financiamento externo permitiu ainda aperfeiçoar o método de produção, com redução de custos no processo de fabrico, e possibilitou a compra de produtos – como o cacau em pó – que antes não era possível utilizar na confeção, por falta de verbas, adiantam os missionários.