Especialistas em direitos humanos recomendam ao governo que reconsidere o seu programa de austeridade fiscal e coloque as pessoas à frente das políticas económicas
Especialistas em direitos humanos recomendam ao governo que reconsidere o seu programa de austeridade fiscal e coloque as pessoas à frente das políticas económicas Um grupo de sete relatores das Nações Unidas lançou um apelo ao governo brasileiro, para que repense o seu programa de austeridade fiscal, pois as novas medidas estão a refletir-se negativamente na vida das pessoas que vivem na pobreza ou em grupos marginalizados. Isto, num país que já foi considerado modelo de políticas progressivas para reduzir a pobreza e aumentar a inclusão social. a intervenção dos especialistas surgiu após dados recentes terem revelado um aumento da taxa de mortalidade infantil, pela primeira vez em 26 anos. Esta subida está associada fatores, em particular à epidemia do vírus zika e à crise económica que tem vindo a alastrar no país. Para os relatores, as medidas de austeridade fiscal afetaram a saúde pública e outras políticas sociais e levaram o país a comprometer direitos básicos da população, sobretudo de mulheres e crianças. Em consequência, as desigualdades aumentaram. No comunicado conjunto, é ainda referido que as crises económicas não justificam todo e qualquer corte e que as medidas de austeridade acabam a prejudicar as pessoas mais carentes. Exemplo disso pode ser o corte de um terço do orçamento para água e saneamento básico.