Organização Internacional do Trabalho estima que existem no mundo pelo menos 21 milhões de vítimas de trabalho forçado. Muitas destas pessoas são também vítimas de tráfico humano
Organização Internacional do Trabalho estima que existem no mundo pelo menos 21 milhões de vítimas de trabalho forçado. Muitas destas pessoas são também vítimas de tráfico humano Milhares de pessoas continuam a ser enganadas por criminosos e traficantes de seres humanos todos os anos, incluindo migrantes, refugiados e requerentes de asilo em busca de proteção ou de uma vida melhor, alerta a relatora de direitos humanos das Nações Unidas, Maria Grazia Giammarinaro, a propósito do Dia Mundial Contra o Tráfico de Pessoas, que se assinala esta segunda-feira, 30 de julho. Segundo a especialista, estas pessoas encontram-se normalmente numa situação vulnerável e propensa à exploração, pelo que considera fundamental que os governos fortaleçam as medidas para combater o tráfico humano. atualmente, 71 por cento das pessoas traficadas são meninas e mulheres, sendo que quase um terço das vítimas são crianças. Em comunciado, Giammarinaro realça que o clima político atual contra a migração trata quem tem de sair de seu país de origem como uma ameaça, quando essas pessoas, segundo ela, contribuem para a prosperidade dos países onde vivem e trabalham. E cita, neste âmbito, o Pacto Global para Migração, que estabelece que os países devem ter medidas individuais e indicadores de identificação dos migrantes propensos a tráfico e exploração, independentemente dos mecanismos internacionais de proteção. No angelus de domingo, na Praça de São Pedro, em Roma (Itália), o Papa Francisco também se manifestou contra o tráfico de seres humanos: Esta chaga escraviza muitos homens, mulheres e crianças para fins de exploração no trabalho e sexual, do comércio de órgãos, da mendicidade e da delinquência forçada. É responsabilidade de todos denunciar as injustiças e combater firmemente esse crime vergonhoso.