Número de movimentos massivos do primeiro semestre deste ano já superam o total do ano passado. Maioria dos deslocados são camponeses, indígenas e afrodescentes
Número de movimentos massivos do primeiro semestre deste ano já superam o total do ano passado. Maioria dos deslocados são camponeses, indígenas e afrodescentesOs deslocamentos forçados na Colômbia aumentaram no primeiro semestre de 2018, por questões relacionadas com o conflito armado e já superam o total do ano passado, segundo informações veículadas esta semana pela Defensoria do Povo. Entre janeiro e junho, foram registados 55 deslocamentos massivos, que afectaram mais de 5. 000 famílias, em 11 departamentos. Segundo Ingrid Rusinque, delegada para os Direitos da População Deslocada da Defensoria, este ano já foram obrigadas a fugir das suas terras 17. 825 pessoas, um número superior às 12. 841 registadas em 2017. Grande parte dos deslocados são camponeses, indígenas e afrodescendentes. a região mais afectada é a sub-região do Catatumbo, junto à fronteira com a Venezuela, de onde se deslocaram 9. 686 pessoas (2. 986 famílias), quase metade do total de vítimas. Esta zona é a segunda do país com mais narcocultivos. E onde permanece uma disputa pelo controle territorial entre bandos de narcotraficantes e membros do Exército de Libertação Nacional (ELN).