Propostas de lei já foram aprovados pela comissão permanente do Parlamento e vão ser levadas a votação na próxima semana. O ano passado, o então primeiro-ministro, havia ameaçado prender as crianças apanhadas a pedir esmola
Propostas de lei já foram aprovados pela comissão permanente do Parlamento e vão ser levadas a votação na próxima semana. O ano passado, o então primeiro-ministro, havia ameaçado prender as crianças apanhadas a pedir esmola O Parlamento da Guiné-Bissau vai ser chamada a votar na próxima semana duas propostas de lei para proibição da prática da mendicidade e dos casamentos forçados. as medidas legislativas foram apresentadas pela deputada Martina Moniz, líder da comissão especializada nas questões relacionadas com as mulheres e crianças, e já mereceram a aprovação da comissão permanente do hemiciclo. Um estudo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) estima que 30 por cento das crianças pedintes nas ruas de Dacar, no Senegal, são originárias da Guiné-Bissau. São chamadas de talibés, por agirem a mando do mestre corânico, e o ano passado, o então primeiro-ministro, ameaçou mandar prender qualquer criança que fosse apanhada na rua a pedir. Esta medida, porém, nunca chegou a ser cumprida. Já no que se refere ao casamento forçado, Laudolino Medina, líder da associação de amigos da Criança (aMIC), considera-o um fenómeno com dados gritantes no país. O último diagnóstico feito pelo consórcio Casa dos Direitos revelou que cerca de 41 por cento das mulheres não tiveram oportunidade de escolher os maridos, lamenta o dirigente.