ativistas denunciam o avanço desenfreado do desmatamento em áreas protegidas, por causa da agropecuária, do garimpo e do furto de madeira. Só num mês, no estado brasileiro do Pará, foram derrubadas árvores numa extensão de sete mil hectares
ativistas denunciam o avanço desenfreado do desmatamento em áreas protegidas, por causa da agropecuária, do garimpo e do furto de madeira. Só num mês, no estado brasileiro do Pará, foram derrubadas árvores numa extensão de sete mil hectaresCom o fim das chuvas, o desmatamento avançou vertiginosamente no estado do Pará, no Brasil. Segundo dados recolhidos pelo Instituto Socioambiental (ISa), só no passado mês de maio, foram derrubados sete mil hectares de floresta, cinco mil dos quais dentro de Terras Indígenas e Unidades de Conservação. O avanço desenfreado do desmatamento em áreas protegidas é preocupante. É urgente que sejam feitas ações de fiscalização para coibir essa atividade ilegal que tende a aumentar com o fim das chuvas no Pará, alerta Juan Doblas, especialista em geoprocessamento do ISa, atribuindo os desmatamentos ilegais aos negócios da agropecuária, do garimpo e do furto de madeira. a área protegida Triunfo do Xingu foi a mais afetada. ao todo, quase cinco mil hectares foram destruídos em maio, para abertura de pasto para a pecuária. a esta área desmatada somam-se mais três mil hectares já destruídos desde o início do ano. No final de março, o IS a enviou um ofício às autoridades denunciando o avanço da destruição da floresta, com a localização de todos os polígonos referentes ao desmatamento. Porém, a Secretaria de Meio ambiente e Sustentabilidade (SEMaS) do Pará, órgão responsável pela fiscalização, não realizou nenhuma operação de combate do desmatamento até o momento. Everton Barros Dias, responsável pela fiscalização florestal da SEMaS, queixa-se da falta de pessoal para controlar toda a área. É uma briga desigual. É como se ali estivesse instalado um crime organizado. É absurdo o que eles conseguem devastar num período tão curto de tempo, lamentou.