Várias instituições tuteladas pela Igreja Católica em Espanha insurgiram-se contra a proposta para criação de centros de acolhimento para seleção de migrantes, financiados por fundos europeus
Várias instituições tuteladas pela Igreja Católica em Espanha insurgiram-se contra a proposta para criação de centros de acolhimento para seleção de migrantes, financiados por fundos europeusas instituições ligadas à Igreja Católica que integram a Rede Migrantes com Direitos, como a Cáritas, a Comissão Justiça e Paz e a Comissão Episcopal das Migrações, classificaram de inaceitável a proposta de criação de centros para migrantes financiados com fundos europeus e pediram ao governo espanhol que, além de gestos como acolher barcos como o aquarius e o Open arms, incentive uma política migratória mais humana. a proposta de terceirizar os processos de pedidos de asilo em centros fechados de migrantes financiados com dinheiro da União Europeia é inaceitável. É uma forma de fugir às responsabilidades internacionais, tal como o é o acordo de que a assunção de quotas de recolocação fique dependente da vontade dos Estados-membros, afirmam os responsáveis das instituições. Manifestando preocupação por os acordos em matéria de migração e asilo contribuírem para tornar mais difícil o trânsito até à Europa, mesmo que isso custe mais vidas, os líderes criticam ainda a imagem irresponsável que determinados políticos e meios de comunicação estão a oferecer à sociedade, ao apresentar como perigosas e desestabilizadoras as pessoas migrantes que fogem de conflitos e de situações que ameaçam a sua vida. a chegada ao poder de governos de carácter xenófobo em países de grande tradição democrática é um sinal de alarme que necessita de uma reação pública dos líderes e governos europeus, mas também de uma cidadania sensível e solidária como a europeia, adiantam os membros da Rede Migrantes com Direitos.