Os preços dispararam, os hospitais estão destruídos e as escolas estão ocupadas por grupos armados. Responsável da UNICEF pede medidas urgentes para minimizar o sofrimento da população iemenita
Os preços dispararam, os hospitais estão destruídos e as escolas estão ocupadas por grupos armados. Responsável da UNICEF pede medidas urgentes para minimizar o sofrimento da população iemenita a diretora executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Henrietta Fore, fez uma visita de quatro dias ao Iémen e o que viu deixou-a muito preocupada. Estima-se que 11 milhões de crianças necessitam de ajuda urgente, a economia está em ruínas, os hospitais estão destruídos, as escolas estão ocupadas por grupos armados e os preços dos produtos aumentaram assustadoramente. Há 22 milhões de pessoas necessitadas, um número extraordinário, sendo que 11 milhões são crianças, um número maior que a população da Suíça. Cerca de 80 por cento das pessoas está a abaixo do limiar da pobreza e perto de 8,4 milhões encontram-se à beira da fome, revela a responsável. Para Henrietta Fore, só o cessar do conflito pode levar esperança aos iemenitas. Sem paz não podemos ajudar as crianças nem as pessoas que necessitam, nem tão pouco poderão regressar aos seus modos de vida, alerta a dirigente do UNICEF, recordando que os confrontos já provocaram a morte a quase 10 mil pessoas, entre as quais 2. 200 crianças. Os médicos, enfermeiros e parteiras não recebem há dois anos mas continuam a trabalhar para tentar conter a epidemia de cólera, os docentes também não recebem ordenado e metade das escolas estão encerradas. Nos últimos três anos, cerca de 1. 500 instituições ficaram danificadas devido aos ataques aéreos e bombardeamentos, e a situação continua a piorar de dia para dia. Há uma grave escassez de água, não existe eletricidade disponível em muitas partes das cidades, os preços dos produtos básicos estão mais altos, uma em cada quatro crianças sofre de desnutrição aguda e os casos de cólera continuam a aumentar, refere Fore, clamando por uma solução política urgente para pôr fim ao conflito.