aumento de crianças e idosos exige mais pessoas que assumam o trabalho de cuidadores. Se o investimento em educação, saúde e trabalho social fosse duplicado, poderiam ser criados 269 milhões de empregos
aumento de crianças e idosos exige mais pessoas que assumam o trabalho de cuidadores. Se o investimento em educação, saúde e trabalho social fosse duplicado, poderiam ser criados 269 milhões de empregosO mais recente relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) alerta para uma crise mundial de cuidados que pode afetar 2,3 mil milhões de pessoas até 2030. Neste momento, três quartos das pessoas envolvidas nestes trabalhos são mulheres, e uma grande parte não recebe qualquer remuneração pelos serviços prestados. De acordo com os resultados da pesquisa, em 2015, dos 2,1 biliões de pessoas que precisaram de assistência, 1,9 mil milhões eram crianças com menos de 15 anos e o restante eram idosos. Para garantir os cuidados, 606 milhões de mulheres não podem trabalhar fora de casa, um número bastante superior ao de homens, que se cifra em 41 milhões. Nos últimos 20 anos, a contribuição dos homens para este setor apenas aumentou em 23 países. E mesmo nessas nações, essa mudança acontece a um ritmo glacial, segundo a responsável pela área de Género, Igualdade e Diversidade da OIT, Shauna Olney. a este ritmo, serão necessários 210 anos para reduzir a lacuna de género no trabalho não remunerado, adiantou. O relatório indica ainda que os serviços de cuidado de longo prazo são quase inexistentes na maioria dos países africanos, latino-americanos e asiáticos. E conclui que se os Estados-membros da organização duplicassem o investimento atual em educação, saúde e trabalho social, poderiam ser criados 269 milhões de empregos, nos próximos 12 anos.