Relatório sobre Crianças e Conflitos armados na República Democrática do Congo revela que as violações graves em território congolês subiram 60 por cento nos últimos quatro anos
Relatório sobre Crianças e Conflitos armados na República Democrática do Congo revela que as violações graves em território congolês subiram 60 por cento nos últimos quatro anos Mais de 900 menores foram vítimas de violência sexual na República Democrática do Congo (RDC) nos últimos quatro anos, por parte de grupos armados ou de elementos das forças de segurança congolesas, revela o mais recente relatório sobre Crianças e Conflitos armados na RDC, elaborado pelos serviços das Nações Unidas. No período em análise, verificou-se ainda que mais de mil crianças foram mortas e mutiladas, atos que ocorreram muitas vezes da forma mais brutal e cada vez mais baseada na sua etnia. Os casos duplicaram em relação ao quadriénio anterior e centenas de incidentes continuam por verificar em províncias da região do Kassai e em Tanganica. O estudo revela ainda que os grupos armados continuaram a recrutar e a usar crianças em grande escala, sendo que um terço deles tinha menos de 15 anos no momento em que foi recrutado. Neste sentido, Virgínia Gamba, representante especial do secretário-geral para Crianças e Conflitos armados, considera essencial que as Nações Unidas e as autoridades congoleses continuem com as suas ações para dar oportunidade a todas as crianças de crescer em paz e protegidas dos efeitos do conflito.