Especialistas das Nações Unidas dizem ter havido um aumento do autoritarismo, de crises económicas e da desigualdade, o que levanta desafios consideráveis na conquista dos direitos femininos
Especialistas das Nações Unidas dizem ter havido um aumento do autoritarismo, de crises económicas e da desigualdade, o que levanta desafios consideráveis na conquista dos direitos femininosOs direitos da mulher são uma parte indivisível dos direitos humanos, mas nenhum país conseguiu ainda eliminar com sucesso a discriminação contra a mulher ou alcançar de forma plena a igualdade de géneros, revela um estudo elaborado por cinco especialistas das Nações Unidas, para assinalar os 25 anos da adoção da Declaração e do Programa de ação de Viena. No documento, é manifestada a preocupação com o avanço das alianças de ideologias políticas conservadoras e de fundamentalismos religiosos em várias partes do mundo, e são pedidas medidas urgentes para impedir essa tendência, que ameaça minar, desgastar e até mesmo reverter os direitos das mulheres que foram conquistados com dificuldades. Para o Grupo de Trabalho sobre Discriminação contra as Mulheres na Lei e na Prática, nos dias de hoje não há justificação para a discriminação da mulher, nem deviam ser admissíveis práticas a poligamia, casamento infantil, mutilação genital feminina, crimes de honra e criminalização das mulheres por comportamento sexual e reprodutivo.