Em dois anos, as florestas originais perderam uma superfí­cie de 180 mil quilómetros quadrados, devido ao ritmo de destruição que tem vindo a aumentar desde o início do século
Em dois anos, as florestas originais perderam uma superfí­cie de 180 mil quilómetros quadrados, devido ao ritmo de destruição que tem vindo a aumentar desde o início do século apesar dos esforços para combater a desflorestação, cerca de 10 por cento das florestas virgens do planeta foram retalhados, degradados ou simplesmente cortados desde 2000, segundo a análise das imagens satélite apresentadas durante uma conferência sobre as florestas intactas, realizada esta semana em Oxford, no Reino Unido. a degradação das florestas intactas é uma tragédia mundial porque destruímos de maneira sistemática um elemento chave da estabilidade do sistema. as florestas são a única infraestrutura segura, natural, provada e acessível financeiramente para capturar e armazenar o carbono, afirmou Frances Seymour, perita do World Resources Institute e uma das autoras da investigação. a paisagem florestal intacta, que inclui as zonas húmidas e as pradarias, é definida pela ausência, apurada com base em imagens de satélite, de atividade humana relevante numa superfície de pelo menos 500 quilómetros quadrados, o que quer dizer não tem estradas, nem agricultura intensiva, nem minas ou caminhos de ferro. Desempenha um papel crucial para a biodiversidade e a qualidade do ar e da água e cerca de 500 milhões de pessoas dependem dela. Em janeiro do ano passado, cerca de 11,6 milhões de quilómetros quadrados de floresta correspondiam a estes critérios, mas vários países arriscam perder as suas terras florestais selvagens dentro de 15 a 20 anos. De acordo com os investigadores, ao ritmo atual, as florestas primárias terão desaparecido até 2030 no Paraguai, Laos e Guiné Equatorial, e até 2040 em angola, Camboja, Myanmar, Nicarágua e República Centro-africana.