Organização de defesa dos direitos das crianças alerta que muitos destes migrantes e refugiados são alojados em acampamentos ou grandes centros de acolhimento que não estão preparados para garantir as suas necessidades básicas
Organização de defesa dos direitos das crianças alerta que muitos destes migrantes e refugiados são alojados em acampamentos ou grandes centros de acolhimento que não estão preparados para garantir as suas necessidades básicas Das 33 mil crianças que em 2017 desembarcaram na Europa, cerca de 20 mil chegaram sozinhas, segundo a organização não governamental (ONG) aldeias Infantis SOS, que recorda às autoridades dos países de acolhimento a obrigação de garantirem o registo, atenção e proteção aos menores não acompanhados, evitando assim que se convertam em vítimas de tráfico, exploração e abuso. De acordo com os responsáveis da ONG, quando chegam à Europa, muitos destes menores são alojados em campos de refugiados ou em grandes centros de acolhimento, que não estão preparados para proporcionar a atenção, proteção, apoio e educação, enquanto outros carecem de refúgio e vivem nas ruas. Para Pedro Puig, presidente da organização, os menores não acompanhados estão expostos a altos níveis de stress antes da partida, durante a viagem e continuam a estar ao chegar ao destino, o que, juntando à separação familiar, eleva a probabilidade de ficarem com a saúde mental afetada. Sem o apoio adequado, arriscam-se a enfrentar dificuldades a nível educativo e de exclusão social. Com demasiada frequência nos últimos tempos, a retórica política sobre os refugiados é tóxica e as crianças ficam retidos nela, mas não podemos olhar para o lado por uma questão de conveniência política. Proteger as crianças necessitadas é uma obrigação, prevista pelo direito internacional, que não pode estar sujeita a negociação, sublinhou o líder da aldeias Infantis.