O desemprego vai continuar a ser o grande desafio da África do Sul nas próximas décadas, de acordo com um estudo realizado entre líderes da área dos negócios e economistas.
O desemprego vai continuar a ser o grande desafio da África do Sul nas próximas décadas, de acordo com um estudo realizado entre líderes da área dos negócios e economistas. O relatório, “Projecção das tendências de futuro económico e socio-político da África do Sul até 2025”, compilado pela Universidade da África do Sul em Pretória, mostrou que apesar dos industriais estarem muito optimistas, os economistas estão muito preocupados com a crescente necessidade, e falta, de mão de obra qualificada.
a taxa de desemprego sul-africana está entre os 30 e os 40 porcento, dependendo da definição de “desempregado”, e o país não pode continuar a crescer economicamente sem criar empregos, disse o professor Carel Van aardt, um dos autores do estudo.
Os trabalhadores altamente qualificados estão a beneficiar do crescimento económico do país, mas “as pessoas com menos preparação, ou sem preparação, têm cada vez menos possibilidades de emprego, o que está a levar ao aumento do desemprego neste grupo social”, frisou o professor.
O governo criou, em 2004, o Programa de Trabalho Público Extendido (PTPE) com vista a reduzir o desemprego, criando 200 mil empregos provisórios num período de cinco anos. No entanto, os analistas alegam que esses empregos temporários não vão ter um impacto significativo na pobreza e fazem pouco para melhorar a preparação técnica dos trabalhadores.
O mercado de trabalho exige pessoas altamente preparadas, mas a maior parte da força de trabalho sul-africana tem pouca ou nenhuam preparação técnica.
Segundo Van asrdt, a África do Sul tem que aprender do exemplo de outros países. Na Singapura um organismo do governo observa constantemente as necessidades do mercado de trabalho informando a população. Desta forma podem ser guiadas as opções tomadas pelos jovens ao escolher a sua carreira. Por outro lado, na Irlanda, o governo financia mais a educação ciêntifica e as engenharias que as humanidades, ou seja, fica mais caro estudar para ser um psicólogo que para ser um engenheiro.