após um período de suspensão, depois do governo ter recusado debater alguns pontos da agenda para a democratização, o diálogo foi retomado por uma comissão mista com elementos do executivo e da sociedade civil
após um período de suspensão, depois do governo ter recusado debater alguns pontos da agenda para a democratização, o diálogo foi retomado por uma comissão mista com elementos do executivo e da sociedade civil a comissão de mediação e testemunho do diálogo nacional, presidida pela Igreja nicaraguense, anunciou esta semana a retomada das reuniões entre o governo e a sociedade civil que haviam sido suspensas a semana passada, por falta de consenso em alguns temas a debater. O governo tinha recusado debater alguns pontos da agenda para a democratização propostos pelo episcopado, em particular a reforma constitucional para eleições antecipadas e a reforma da lei sobre a organização do poder legislativo. a Igreja decidiu retirar-se da função de mediadora, mas as duas partes aceitaram constituir uma comissão mista formada por elementos do executivo e da aliança Cívica pela Justiça e Democracia, que representa vários setores da sociedade civil. a comissão já efetuou um primeiro encontro e acordou retomar as negociações, partindo do tema da democratização. No final da sessão, os delegados pediram a cessação imediata de todas as formas de violência e de toda agressão aos meios de comunicação, e exortaram alguns meios de comunicação a não divulgarem notícias falsas ou que fomentem a violência. Em comunicado, a comissão mista condenou ainda os ataques contra os estudantes que protestavam na sede da Universidade Nacional de Engenharia e na sede da Rádio Ya, que foi incendiada. Os protestos iniciaram em abril passado depois do governo ter proposto uma reforma polémica sobre as pensões.