Na apresentação do relatório sobre os conflitos no mundo, antónio Guterres apontou a prevenção como uma prioridade para as Nações Unidas e apelou à tomada de medidas para condicionar a exportação de armasNa apresentação do relatório sobre os conflitos no mundo, antónio Guterres apontou a prevenção como uma prioridade para as Nações Unidas e apelou à tomada de medidas para condicionar a exportação de armasEm 2017, mais de 26 mil civis morreram ou ficaram feridos em apenas seis países em guerra: afeganistão, Iraque, República Centro-africana, República Democrática do Congo, Somália e Iémen. Para travar este flagelo, o secretário-geral das Nações Unidas, antónio Guterres, pede mais controlo na comercialização de armamento e reafirma como prioridade no seu mandato o reforço da prevenção de conflitos. a forma mais eficaz de proteger os civis é a prevenção de conflitos e a sua finalização. Por essa razão, a prevenção, a resolução e a consolidação da paz são, e continuarão a ser, as principais prioridades de todo o sistema das Nações Unidas, afirmou o líder da ONU numa reunião do Conselho de Segurança, onde foi apresentado o mais recente relatório sobre esta matéria. Segundo o documento, entre as violações de direitos humanos registadas, destaca-se a violência sexual, com mais de 800 casos na República Democrática do Congo; o deslocamento forçado, que afetou mais de 65 milhões de pessoas; e a restrição do acesso à ajuda humanitária. De salientar ainda os 322 ataques a dependências médicas, que provocaram a morte a 242 profissionais e pacientes. Para Guterres, a proteção dos civis assenta em três pilares fundamentais. O primeiro, consiste em desenvolver estratégias políticas a nível nacional para proteger os afetados, através de medidas preventivas para mitigar e responder aos danos causados à população por parte dos exércitos nacionais, e criar medidas que condicionem as exportações de armas, em sintonia com o direito internacional humanitário. Em segundo lugar, prosseguiu o líder da ONU, os Estados-membros devem apoiar as Nações Unidas a colaborar com grupos armados instáveis, para a elaboração de políticas, códigos de conduta e planos de ação para proteger os civis, em particular o recrutamento de crianças para os combates. Por último, Guterres disse ser necessário promover atividades na defesa da proteção de civis e realizar ações coordenadas que sirvam para garantir a prestação de contas perante violações graves, com o objetivo de pôr fim ao clima de impunidade.