Conferência Episcopal decidiu suspender a função de mediadora entre o governo e a oposição por falta de acordo para a definição de uma agenda de democratização do país
Conferência Episcopal decidiu suspender a função de mediadora entre o governo e a oposição por falta de acordo para a definição de uma agenda de democratização do país a falta de consenso para a criação de uma agenda de democratização levou a Conferência Episcopal da Nicarágua (CEN) a suspender a sua participação no diálogo nacional entre o governo e os opositores para acabar com a crise política que afeta o país e já provocou mais de 70 mortos. O governo recusou discutir uma agenda que, entre outros pontos, propunha antecipar a eleição presidencial, e a CEN, que atuava como mediadora, concluiu não haver condições para prosseguir com as tentativas de diálogo. Já que não há consenso entre as partes, vemo-nos obrigados a suspender o plenário do diálogo nacional, informaram os bispos em comunicado. Para o representante do governo, Denis Moncada, a agenda proposta para o diálogo, com a antecipação das eleições, tinha como objetivo desmontar o Estado Constitucional e era uma rota camuflada para um golpe de Estado contra o presidente Daniel Ortega. Segundo a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), que esteve em missão na Nicarágua, os protestos iniciados em 18 de abril contra o governo já fizeram 76 mortos, 868 feridos e 438 detidos. a delegação, liderada pela chilena antonia Urrejola, disse ter encontrado no país numa situação mais grave do que pensava.