Mais de metade da população mundial vive em cidades e as previsões apontam para que este número continue a aumentar nos próximos anos. Especialistas alertam para a necessidade de se adaptar o crescimento urbano
Mais de metade da população mundial vive em cidades e as previsões apontam para que este número continue a aumentar nos próximos anos. Especialistas alertam para a necessidade de se adaptar o crescimento urbanoatualmente, 55 por cento das pessoas no mundo vivem em cidades e esta proporção deverá aumentar 13 por cento até 2050, pelo que o desenvolvimento sustentável dependerá cada vez mais da gestão adequada do crescimento urbano, em especial nos países de rendimentos médios e baixos, alerta um estudo do Departamento de assuntos Económicos e Sociais das Nações Unidas. Segundo o documento, parte da população mundial deixará a sua residência nas áreas rurais para ir para a cidade, o que, a somar às perspetivas de crescimento demográfico, poderá fazer com que em 2050 as cidades tenham mais 2,5 mil milhões habitantes. Este aumento, de acordo com as previsões, deverá acontecer de forma desigual em termos geográficos. a população urbana aumentou de forma exponencial – de 751 milhões em 1950 para 4,2 mil milhões em 2018 – e vai manter esta tendência. Este crescimento previsto estará altamente concentrado: 90 por cento terá lugar nos países de África e Ásia. Neste momento, as áreas mais urbanizadas são a américa do Norte, com 82 por cento de população urbana, a américa Latina e Caraíbas (81 por cento) e a Europa (74 por cento). O aumento da população urbana implica prestar a atenção a aspetos como o alojamento, transporte, energia, serviços educativos e sanitários e emprego, para poder satisfazer as necessidades dos cidadãos. Neste sentido, é pedido aos governos que tomem medidas que melhorem a qualidade de vida tanto dos habitantes das zonas urbanas como das rurais. O importante é que os benefícios da urbanização sejam inclusivos, garantindo que todos tenham acesso a trabalho decente, cuidados de saúde, formação e um ambiente seguro, sublinham os responsáveis da agência da ONU.