Prelados colocaram os cargos à disposição do Papa, depois de três dias de encontros, no Vaticano. a renúncia surge na sequência do escândalo de abusos sexuais que abalou o clero no Chile
Prelados colocaram os cargos à disposição do Papa, depois de três dias de encontros, no Vaticano. a renúncia surge na sequência do escândalo de abusos sexuais que abalou o clero no Chile Os 34 bispos que compõem a Conferência Episcopal Chilena emitiram um comunicado esta sexta-feira, 18 de maio, onde anunciam que colocaram os seus cargos à disposição do Papa Francisco e pedem perdão pela dor causada às vítimas, pelos graves erros e omissões cometidos no processo de abusos sexuais que abanaram a estrutura da Igreja Católica no Chile. agradecemos às vítimas pela sua perseverança e coragem, não obstante as enormes dificuldades pessoais, espirituais, sociais e familiares que tiveram que enfrentar, unidas com frequência à incompreensão e aos ataques da própria comunidade eclesial. Mais uma vez imploramos o seu perdão e sua ajuda para continuar a avançar no caminho do tratamento das feridas para que possam ser sanadas, esclareceram os bispos. O pedido conjunto de renúncia surge após três dias de reuniões com o Papa, no Vaticano, onde foram convidados a explicar a série de erros e omissões na gestão de casos de abuso sexual, especialmente em relação ao caso de Juan Barros, acusado de encobrir o padre Fernando Karadima. Francisco, que chegou a defender Juan Barros, em janeiro, enviou o arcebispo Charles J. Scicluna ao Chile para ouvir os depoimentos de alegadas vítimas de abusos, e depois de ler o relatório final pediu a colaboração do clero chileno no discernimento das medidas que, a curto, médio e longo prazo, deveriam ser adotadas para restabelecer a comunhão eclesial. Depois dos encontros desta semana, o Papa chegou à conclusão que os bispos terão destruído provas de crimes sexuais, e pressionado os advogados da Igreja para minimizar as acusações de negligência grave na proteção de crianças de padres pedófilos.