Seca atinge já seis regiões do norte do país e estima-se que mais de 750 mil pessoas venham a passar por graves carências alimentares nos próximos meses. as quebras na produção agrícola fizeram aumentar os preços ao consumidor Seca atinge já seis regiões do norte do país e estima-se que mais de 750 mil pessoas venham a passar por graves carências alimentares nos próximos meses. as quebras na produção agrícola fizeram aumentar os preços ao consumidor O Senegal enfrenta este verão a pior crise alimentar desde 2012, devido a uma seca severa que afeta já seis regiões do norte do país, alerta a organização não governamental (ONG) ação Contra a Fome, que aponta para mais de 750 mil pessoas afetadas pela falta de alimentos a partir do próximo mês de julho. a ONG já tinha avisado, em novembro do ano passado, que a falta de pastos antecipou a deslocação sazonal de milhares de pastores, deixando as mulheres sozinhas durante meses, cuidando dos filhos, sem rendimentos e sem leite das vacas que levaram os seus maridos. Os agricultores não conseguiram os resultados esperados nas colheitas, o que levou a um aumento de preços dos produtos em vários departamentos. Trata-se de um longo processo em que os mecanismos de resposta se vão esgotando e a saúde nutricional, especialmente a dos mais pequenos, se vai deteriorando até transformar-se numa doença muitas vezes fatal, refere Fabrice Carbonne, responsável da organização no país africano. a nossa experiência na região tem-nos mostrado que há estratégias efetivas para reduzir a desnutrição, mas temos que pôr mais ênfase na hora de deixar de funcionar só a toque de emergência, sublinha Carbonne, pedindo o reforço do sistema de saúde a médio e a longo prazo e medidas para adaptar a agricultura às mudanças climáticas.